sábado, 19 de junho de 2010

Bem-vindo!

Bem-vindos! Este blog traz meu relato pela viagem ao Oriente Médio. Os posts abaixo contém dicas gerais para os que também querem viajar para lá. Recomendo a todos que puderem, visitarem aquele lugar. É mágico! Para ler o relato de cada dia da viagem, que eu escrevi enquanto viajava, basta ir no ARQUIVO DO BLOG (no lado esquerdo). Tem que ler do último post e vir adiante. A viagem comecou dia 13 de Abril. Basta ir seguindo pela data. Os primeiros posts contam como preparar a mochila e cuidados antes de viajar. Em seguida, os posts de cada dia viajando. Muitos estão repletos de erros de português, devido aos teclados de onde escrevi terem outra configuração. E também pelos meus erros mesmo! Por fim, estes posts na página principal, com dicas gerais, itinerários sugeridos, hospedagens, transportes, etc.

ALBUM DE FOTOS. Está logo abaixo do mapa com o itinerário. Na ordem das cidades que visitei.

Aos que quiserem entrar em contato comigo, deixem um COMENTÁRIO LOGO AQUI ABAIXO. Assim que possível, responderei. Caso comente em outro lugar do blog, sujeito a eu só ver depois de meses..

Boa leitura!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Impressões gerais

Fiquem com ótima impressão da Turquia. O povo é receptivo. Sempre te convidam para um çai (chá). É um país maravilhos, com história antiquíssima. O roteiro mais turístico é pela costa e capadócia. Mas para quem for ao mar morto, dizem que os turcos visitam muito esses lados. O litoral é simplesmente maravilhoso. O mar é lindo de mais. Os preços são mais baratos que os europeus. O mundo grego antigo é, em sua maioria, onde hoje é território turco - e não na Grécia. Muitas e muitas ruínas gregas. Além de muitas outras ruínas de outras civilizações. A estrutura turística do país é muito boa. E as comidas são boas também.

A Síria foi a grande surpresa do Oriente Médio. No guia Lonely Planet diz que o povo é a grande atração. Eu não entendi isso até visitar o país. As pessoas são MUITO receptivas. Inúmeras vezes pessoas se aproximaram de mim e falaram "welcome", "thanks". Povo, na grande maioria, honesto. Ao contrário da imagem que se transmite na TV, a Síria é um país tranquilo. Eu não vi protestos, nem armas, nem sujeitos perigosos. Sinti-me bem seguro e acolhido. A cultura é bem interessante. Comidas bem gostosas. Um país com história antiquíssima. Berço da civilização, com os rios Tigre e Eufrates. Onde surgiu a escrita (cuneiforme). Muitos povos passaram por aqui. Terra de peregrinação. Um país muito, mas muito interessante. Barato. E com belas moças. São 75% muçulmanas, muitas das quais completamente cobertas. E as 25% cristãs, que se vestem semelhante às ocidentais. Fiquei encantado com o país.

Líbano foi uma surpresa também. O que chama mais atenção é a mistura cultural e religiosa. Cartazes enormes com moças de lingeries. Gente convivendo numa boa. Vi vários grupos de gente de religiões diferentes. Vive-se das aparências. Muitos carrões de luxo. Gente que gosta de esbanjar dinheiro. País moderno e ocidentalizado. Baladas, aparelhos eletrônicos e gente bem arrumada o tempo todo. Mulheres maravilhosas, de tirar o fôlego. E mais, flertam muito, descaradamente. Teve várias vezes que fiquei constrangido! Muita tensão e exército nas ruas. Os palestinos não são bem-vindos. Igualmente, sítios históricos riquíssimos. E a paisagem é exugerante. Tome cuidado em não transgredir nada. E fique atento com os conflitos. Eu evitei ao máximo qualquer tipo de exposição ao perigo.

Israel/Palestina. A terra prometida. Um lugar muito gostoso. Os israelenses amam seu país. Cada detalhe e lugar é valorizado. Fiquei com boa impressão. Muitos norte-americanos. Pessoas achando que lá é seguro. E, de fato, é. Bem mais do que no Brasil. Exército nas ruas. Lugares sagrados. Gente de todo mundo. Fiquei bem feliz de ter conhecido os lugares por onde Jesus andou. É uma emoção especial. O que me deu tristeza foi a situação dos palestinos. Estão sendo expulsos a olhos vistos. Muita injustiça. E, mais uma vez, a comunidade internacional fingindo que não está acontecendo nada. A paz, nessa região é um desejo de todos. O radicalismo é que estraga. Ou seja, a minoria comanda a maioria.

Jordânia. Caro. Muitas vezes, senti que queriam me passar pra trás. Pode-se confiar na polícia. E Petra é muito caro. Mas é lindo. E Wadi Rum vale a visita também.

Egito. Terra dos faraós. As ruínas são legais. O país vive do turismo. Isso significa: os turistas são obrigados a pegar certos roteiros, escolta policial e.. vendedores muito chatos. O tempo inteiro tentam arrancar teu dinheiro. Isso é muito chato. Logo que se acostuma, as coisas melhoram. As pirâmides são impressionantes. E o mar vermelho bem legal para mergulho.

O mundo árabe é bem legal. Gostei muito de ter conhecido. Comidas, pessoas, honestidade, simplicidade. Respeito muito o Islão de hoje em diante. Vi muitas pessoas vivendo de modo simples, com alegria no coração e temor a Deus. A minoria é radical, como em qualquer país. As pessoas que conheci eram muito receptivas. Foi muito legal tudo o que vivi. Não acreditem na TV! É muita mentira e distorção o que monstram desses países.

Eu fui com uma atitude respeitosa. Só vesti bermuda em 3 ocasiões: em Tel Aviv, durante o Jesus Trail e no deserto no Egito. Por respeito mesmo. E evitei flertes com as moças também. Aliás, as sírias e libanesas são muito lindas. Israelitas também. Mas fica o aviso: para quem quer viver "aventuras", que viaje pelo Brasil mesmo. Garanto: não há lugar melhor. E os gringos também confirmaram: vir ao Brasil é uma grande "aventura". Nos outros países é melhor ter certos cuidados. E digo: respeito. É melhor ser respeitador, para ser respeitado. Com essa atitude, me precavi de todos os perigos. E funcionou. Não bebi (aliás, não bebo mesmo), não fumei, não fiz menção de drogas, de nada que chamasse atenção. Nem pela roupa, nem pelo comportamento. Em alguns poucos momentos em que senti que ia me exceder, logo me controlei. E assim, me mantive em segurança total. A melhor defesa é a paz. Viver em paz. Estar em paz. E isso atraiu a paz para mim. Recomendo. A paz. Viajar em paz.





quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dicas gerais

Hospedagem
Nos posts de cada dia da viagem, deixei anotado em que hostel eu me hospedei. No entanto, guardei alguns cartões desses estabelecimentos. Dica: sempre pegue o cartão do hotel ao se hospedar. Caso você se perca ou precise mostrar onde está para alguém, basta te o cartão contigo. Como eu fazia para me hospedar? Eu olhava alguns dos sites de hostels, na lista que disponibilizei aqui no blog (lado esquerdo). O que eu mais usei foi o hostelworld. Em países como a Síria, esses sites não possuem nenhum hostel cadastrado. Então, tive que recorrer às indicações do guia de viagem (Lonely Planet Middle East). Ou, até mesmo, indicações de outros mochileiros que eu ia encontrando no caminho. Por ser baixa temporada, eu não me preocupei muito em fazer reservas. No entanto, um alerta: nas cidades mais visitadas, vale a pena ou fazer a reserva com 1 ou 2 dias de antecedência (mandar um e-mail, pelo menos). Eu reservei com antecedência (ou mandei e-mail ou paguei adiantado uma pequena quantia): Istanbul, Göreme, Damasco, Beirut, Jerusalem e Cairo. As demais, cheguei na hora e consegui meu lugar, facilmente.
- Selçuk: ANZ Guesthouse. Vale muito a pena. É barato, com bom café-da-manhã. Eles têm bicicletas disponíveis. Eu peguei uma e fui pedalando até Ephesus. Tentei subir os 7 km até a casa de Maria, mas era ingreme de mais a subida. Deixei a bike e peguei carona! Depois, claro, voltei e pedalei de volta a Selçuk. www.anzguesthouse.com
- Göreme: traveller's cave pension. Vale muito a pena. É baratinho, com opções de café-da-manhã e fica nas cavernas! www.travellerscave.com
- Aleppo: o pessoal dos hotéis falam mal um dos outros. Não acredite se chegar em um e te disserem "não vá naquele ali, porque é sujo". É mentira. Eu me hospedei no Syria Hotel, na rua onde há várias opções. Fica na Sh ad-Dala. Só telefone: +963 21 2119760. Havia mais baratos.
- Hama: um ponto estratégico para conhecer os castelos e ruínas da Síria. Hospedei-me no Riad Hotel. Do lado, haviam mais 2 hoteis (um deles, o Cairo Hotel). O pessoal é bem simpático. Sempre tente barganhar preços, ameaçando (e realiando!) ir embora para o hotel do lado. Comigo funcionou bem. Eles arranjam os tours. Gostei do pessoal. www.syriaphotoguide.com/riadhotel riadhotel@scs-net.org
- Damascus: Alrabie hotel. Sem dúvida, o melhor hostel de todo oriente médio! Fica bem localizado, com bastante gente, super lindo e aconchegante. alrabiehotel@hotmail.com
- Beirute: Talal's New Hotel. Um pulgueirinho de mochileiros, administrado por um meio-colombiano meio-libanês. É bem desorganizado. Tem cozinha. Mas cheio de gente, barato e bem perto da rodoviária. Mesmo com reserva, corre-se o risco de chegar lá e não ter o quarto pretendido. www.talalhotel.4t.com talalhotel@yahoo.com
- Nazareth: Fauzi Azar Inn. Quando cheguei em Israel, me dei conta que hostels custam quase o olho da cara. Este não chegava a tanto. Pessoal simpático. E eles agilizam o Jesus Trail. Vale a pena comprar-se o próprio café-da-manhã. Disponibilizam cozinha. É limpinho e cheio de comodidades. www.fauziazarinn.com
- Cana: Cana Wedding Guest House. A dona é super simpática. E a janta, caseira espetacular. Só telefone: 04 6412375
- Arbel: Arbel Guest House (shavit family B&B). Serve ótimas refeições e tem uma piscina. www.4shavit.com
- Jerusalem: No centro antigo há alguns bons hosteis. Eu fiquei no CITADEL YOUTH HOSTEL. Limpo, com 2 cozinhas, muitos extrangeiros e clima bastante agradável. O melhor é a vista da cobertura, super linda, que dá pra ver toda a velha Jerusalem. Fica pertinho do Jaffa Gate. citadelhostel@mail.com
- Wadi Musa: Valentine Inn. Sem dúvida, a melhor opção para se hospedar e visitar Petra. Por 12JD, há van de graça ida e volta até Petra, um jantar que é o banquete mais bem servido de todo Oriente Médio. E fica bem localizado. valentine-inn.com info@valentine-inn.com
- Wadi Rum. Ao se hosdedar no Valentine Inn, há possibilidade de fechar o pacote de 2 dias para o deserto Wadi Rum. São 35 JD, com janta e café-da-manhã. The bedouin Meditation Camp, do Zedane al-Zalabieh. Ele tenta te arrancar uns trocados com tudo, mas vale a pena. www.jordanwadirum.eu.tp zedn_a@yahoo.com (ele não olha e-mail com frequência). Reservar direto pode ou não ser uma boa idéia. Se tiver em grupo, é melhor. Se tiver sozinho, melhor ir pelo pacote.
- Dahab: o paraíso dos mochileiros! Há muitas opções. Muitas mesmo. Quartinhos bem baratos. Eu fiquei no Bishbishi garden village. Simpático. Preços camaradas. Café-da-manhã mais do que fantástico. Era um verdadeiro banquete. www.bishbishi.com
- Luxor: um pulgueiro. Nubian Oasis Hotel. É o famoso muquifo. Mas é barato. E o terraço tem uma bela vista, com direito a chá no final da tarde. Fica perto da ferroviária. E eles agilizam passeios também.
- Aswan: fiquei na filial Nubian Oasis Hotel também. Esse sim: o verdadeiro pulgueiro muquifo-mor. Super muquifo. Extremamente barato. Perto da ferroviária. No guia diz que o pessoal não é simpático. Mentira. E eles agilizam passeios também.
- Cairo: hospedei-me no Dahab Hostel. Fica bem no centro da cidade, numa cobertura. Super legal. Pertinho do metrô. É bem barato e cheio de mochileiros. Conheci muitas pessoas legais lá. info@dahabhostel.com bookings@dahabhostel.com dahabhostel.com

Roteiros
Istanbul. Eu diria que 3 dias são mais do que suficientes para Istanbul. Em um dia, visita-se: Cisternas, Topkapi, Ayasofia, bluemosque, museu islâmico e passear por taksin. No outro: passeio pelo bósforo, Galata Tower, museu panorama 1453 e demais museus. No terceiro dia, andar pelas redondezas e pronto. Há muitas agências de viagens em Istanbul. Se você só tem poucos dias na Turquia, talvez vale a pena fechar um pacote com as tuas preferências. Caso contrário, não faça que nem eu: fui em 2 agências para pegar as idéias de roteiros. Fui dissuadido a visitar menos cidades do que eu havia pensado. No fim, me arrependi um pouco. Mas, fiz tudo por conta própria e saiu por menos da metade do preço que haviam me sugerido.
Selçuk. É um bom ponto fixo para visitar as ruínas ao redor e ir e voltar no mesmo dia de Pamukkale. Ephesus toma não mais do que meio período para visitar. Vale a pena ir até a casa de Maria. E visitar o museu e as ruínas existentes na cidade.
Litoral mediterrâneo. Eu não cheguei a fazer, mas foi por pouco. Há um passeio de 4 dias de barco, que sai de Fethiye e vai até Olympos. Ou vice-versa. Vi fotos e mais fotos e, de fato, vale muito a pena. É simplesmente lindo esse litoral.
Antalya. Conhecida como paraíso na terra. É bem lindo mesmo. Há os que preferiram Alanya. Gosto, não se discute!
Göreme. Há 2 passeios clássicos. O red tour, que dura das 9h30 às 16h00 e custa 55 TL. Esse você pode fazer por conta própria, de graça. Eu aluguei uma motinho por 30 TL o dia todo (foi uma bela barganha, na real) e fui por conta própria. Nesse mesmo dia, dá pra visitar o Open Air Museum. No outro dia, dá pra fazer o passeio de Balão (eu paguei 110 Euros) e o Green Tour, das 9h30 às 18h00 por 70 TL. Esse não dá pra ir por conta própria. E, à noite, há o "jantar turco". Vale a pena. Muito divertido. Três dias, como eu fiquei, começa a ser um pouco de mais.
Aleppo. Entre 2 e 3 dias são suficientes. De lá, pegamos van para Marat Al Numan. Numa negociação cinematográfica, fechei uma van para mim, um australiano e um intérprete sírio-inglês de graça. Foi heróico. Visitar as ruínas nas redondezas (Servillah e Al Bara). Recomendo fechar os pacotes direto em Hama.
Hama. Ponto estratégico para fechar passeios. Valem a pena, pois fica bem difícil ir até os castelos e cidades de interesse.
Palmyra. Distoante do resto da Síria, o povo tenta a qualquer custo arrancar teu dinheiro. É super chato. Mas as ruínas valem muito a pena. Atenção quem for pegar ônibus de Homs. Eu errei a rodoviária, porque me deram informações erradas!
Damascus. Inesquecível. Vale muito a pena ficar uns dias. Tem muita coisa pra ver. No mínimo 3. Até uns 5 compensa fácil.
Ma'aloula. Uma das 3 cidades em que ainda se fala aramaico, a língua de Jesus. É pequena. Fácil de chegar. Ar de interior. As pessoas são bem receptivas e simpáticas. Hospedei-me, de graça, no convento de Santa Tecla. Recomendo a visita. E se pode sair andando pelos vales. Cuidado: eu me perdi nas montanhas e não conseguia achar o caminho para descer!
Beiruth. Também é uma cidade estratégica para conhecer todo Líbano. Vale se hospedar aqui e, cada dia, visitar uma cidade do país. O povo é legal, a cidade é enorme e, pasmen, é conhecida com a "clubber capital" do Oriente médio. Muitos e muitos clubs. E moças maravilhosas que flertam descaradamente.
Tel Aviv e JesuralemIsrael é um lugar muito gostoso de se visitar. Temos a impressão de que aquela terra é, de fato, abençoada. Tel Aviv é singular: gente querendo viver a vida intensamente, como numa propaganda de refrigerante. Desbanca Beirth nas baladas. Praia legal. Gente bonita. Jerusalem é o oposto: reduto religioso, milhares e milhares de turistas, muitos e muitos sítios históricos. É bem fácil se hospedar na Old City. Prefira comer fora dela e no lado árabe. Os preços caem muito. E também é uma cidade base para visitar a Palestina.
Ein Gedi, Masada, Eilat - Petra. Atenção com o Shabbat, pois em Israel nada funciona nesse dia (Sábado). Eu cometi um erro estratégico. Poderia ter saído de Jerusalem e conhecido Ein Gedi. No mesmo dia, ir para Masada e me hospedar lá. No dia seguinte, visitar as ruínas. No outro dia, ir para Eilat. Essa é minha sugestão. E, para quem quer ir só para Petra, esse é um bom roteiro. Evita-se cruzar a fronteira Jerusalem-Amman, pagar a taxa mais cara, entrar na capital jordaniana e suar para pegar ônibus até Wadi Musa.
Dahab - Luxor. O paraíso dos mochileiro. Fica-se facilmente 1 semana nesta cidade! Os famosos cursos de mergulho custam até 250 Euros, o curso completo, com direito a carteirinha internacional e tudo. Eu, sem curso nem nada, fiz um curso rápido de mergulho e mergulhei nas águas fantásticas do mar vermelho. É muito encantador. Tome cuidado: no dia que for subir o Monte Sinai, não mergulhe à tarde. E também não se pode pegar vôo. E vale a pena pegar o ônibus Dahab-Luxor. São 17h. Mas e dai? É mais econômico e se chega direto em Luxor, sem problemas. Conheço quem ficou com medo das horas no ônibus e foi até o Cairo. Perdeu tempo e dinheiro. E quem prefere pegar avião Sharm el Sheik até o Cairo ou Alexandria. Pra quem tem grana, tudo vale!
LuxorEm apenas 1 dia, se pode visitar: de manhã o vale dos reis e rainhas; de tarde, os templos de karnak e luxor. Mas é cansativo. Dois dias fica melhor.
Aswan. De onde se pode pegar os famosos cruzeiros pelo Nilo. Quem fecha em Aswan mesmo, direto com os navios, pode chegar a pagar preços bem em conta. E também as Feluccas (barquinho à velas), por 2 dias.





quarta-feira, 16 de junho de 2010

Visto

Turquia. Basta chegar lá e tirar. Sem dramas. Sem custos. Permissão para 1 mês de estadia.

Síria. Eu tirei o meu de São Paulo, por R$ 78,00, entradas múltiplas. Quase 1 semana para sair. Fácil e sem burocracias. Há quem prefira tirar na fronteira. Eu vi gente que obteve o entradas múltiplas, entrada única e até mesmo permissão de trânsito apenas (3 dias para sair do país). Recomendo tirar antes do próprio país. Permissão é de 15 dias. Mas, segundo relatos dos mochileiros que encontrei, até 30 dias não há drama algum. E, até mesmo, 45 dias. Paga-se para sair do país: 550 SL. Eu sai para o Líbano e para Jordânia e tive que pagar por cada vez.

Líbano. Tira-se na fronteira. Eu tirei via terrestre, entre Damasco e Beirute. Há 3 tipos de visto: pouco, médio e mais tempo. Eu tirei o de pouco tempo (acho que era 10 dias), por 25.000 LL. Há casas de câmbio na fronteira, por preços razoáveis. É chato, burocrático e o exército não é amistoso. Nem pense em reclamar ou fazer cara feia.

Israel. Não se paga para entrar, mas para sair. São 3 fronteiras terrestres, apenas com a Jordânia: Beit She'an (norte), Jerusalem (centro) e Eilat (sul). Do norte e sul, paga-se 98,5 NIS. Foi o que paguei. E 167,50 NIS do centro. Para entrar, dizem que é melhor também essa do norte e sul. A do centro é a mais complicada e demorada. Para quem passou pela Síria e Líbano, prepare-se: perguntas e mais perguntas. Eu fiquei 2h30 retido, até me liberarem. Não há fronteiras terrestres entre Israel e Síria/Líbano. Apenas se chega pela Jordânia. A permissão é para 3 meses. Por isso, há muitos jovens que ficam lá trabalhando.
DICA: Se você vai à Israel primeiro, peça que te carimbem um pedaço de papel. Caso contrário, se te carimbarem o passaporte, você será barrado para entrar em países muçulmanos (na Síria, você não entra de jeito nenhum). Eu pedi que carimbassem em um papel, mesmo já tendo passado pela Síria/Líbano.

Palestina. Entrou em Israel, está na Palestina também. O chato é quando se volta a Israel: muros, raio X, revistas, etc.

Jordânia. Tirei meu visto de São Paulo, por R$ 80,00. Saiu em 2 dias. Entradas múltiplas. Válido por 6 meses. Cada entrada no país, permissão de 1 mês. Pode-se tirar o visto na fronteira, de modo rápido e bem mais barato.

Egito. Enviei meu passaporte por sedex para Brasília. E paguei R$ 80,00 pelo visto único. O entradas múltiplas saia por R$ 100,00. E demorou 2 semanas. Na fronteira, sai super rápido, fácil e por apenas U$ 10,00. Bem mais ágil. Permissão para 1 mês.






terça-feira, 15 de junho de 2010

Gastos 1

1 - Como calcular o orçamento?

O primeiro passo para se poder viajar é querer. É preciso certa dose de coragem para deixar o cotidiano, terra conhecida, para enfrentar lugares desconhecidos. Querer é o mais importante. Vontade de desbravar. Aventura pode existir. Eu diria que o essencial é planejar linhas gerais do que fazer e, com essa base segura, deixar o acaso fazer o resto. Ou seja, estar sempre preparado para o que der e vier. O segundo passo é ter tempo e uns trocados a mais.

Tempo. Tem gente que se satisfaz com feriados prolongados. Há aqueles que precisam de 1 semana. Eu, por exemplo, só gosto de viajar com mais de 15 dias. Menos que isso, é só passeio. Meu tempo ideal de viagem, até o momento, é entre 1 e 2 meses.

Dinheiro. Em geral, há uma crença de que é preciso muito dinheiro para viajar. Claro, para mochileiros, qualquer troco a mais já se transforma numa viagem. Para o típico turista, viajar significa: pacotes turísticos, hotéis 3 estrelas ou mais, gastos com souvenirs e besteiras quaisquer. Tudo depende de como se quer empenhar o dinheiro. Quando conto quanto gastei nas minhas viagens para as pessoas, todos se impressionam. Não há segredos: quem quer conforto, fique em casa ou visite aquele parente abastado. Viajar, sem precisar de muita grana, exige um esforço mínimo: abrir mão da frescura. Conforto, isso depende do ponto de vista!

Cálculo. Como eu fiz para saber quanto gastaria, aproximadamente, nesta viagem? Eu fiz da seguinte maneira:
1) Comecei conversando com outros mochileiros. Tanto aqueles que foram há um tempo, quanto aqueles que acabaram de chegar. Entrei nos fóruns do orkut, mochileiros, viajante, lonely planet, etc. Mandei mensagens. Alguns, troquei e-mail e conversamos no MSN.
2) Nesses fóruns, vi mais ou menos o que eu gastaria. Por exemplo: em Aqaba, gastaria com o ferry boat, comida, hospedagem e transporte. Em Tsfat, eu poderia descolar um alojamento de graça nos centros de Caballa. Em Istanbul, a concorrência de hostels me ofereceria melhores preços, etc.
3) Em sites e livrarias, peguei os guias dos lugares a visitar. Então, fiz os cálculos. Quanto sai o transporte de uma cidade à outra? Quanto custa um prato de comida? Quanto é o hostel? E assim, fechava uma estimativa do "custo-cidade" em cada país. Então, fiz a escolha de quantas cidades visitaria em cada país, em função de meu tempo e dinheiro disponível.
4) Novamente, reconsultava os mochileiros e os fóruns, para confirmar as informações.
5) Em sites oficiais de turismo, olhei os preços dos passeios. Isso também me deu idéia de quanto eu gastaria.
6) Perguntava também para turistas comuns, quanto gastaram. Com certeza, eu gastaria bem menos que eles.
7) Adicionar mais uma quantia significativa para imprevistos. Eu calculo sempre mais 30%.
8) Ponderar gastos pré-viagem, como: roupas novas, seguro-saúde, apetrechos, etc.
9) Fechei o "custo-cidade-país" de um modo geral e amplo, com uma estimativa maior do que simplesmente o preço de comida, hostel, transporte, passeios.

Dicas. Em geral, os gastos de uma viagem são os seguinte: 40% transporte; 35% comida, hostel, etc.; 25% bebida e diversão. Pode-se minimizar esse gasto deixando de beber. Eu fiz isso. E foi uma bela economia. Economizar em hostel é uma boa, mas nem sempre reverte num ganho financeiro significativo. Ficar em quartos compartilhados e sempre mais baratos, no fim da viagem representa uma diferença no orçamento. Usar o couchsurfing pode ser uma boa. Os prós: o anfitrião conhece pontos estratégicos; economia na hospedagem; talvez economia em outros gastos; trocar informações culturais enriquecedoras. Os contras: deixar de conhecer outros mochileiros; perda da liberdade; perda da sensação de descoberta; não vivenciar situações inusitadas que só acontecem ao acaso. Comer, quem faz comida sabe da economia. Mas nem sempre se pode cozinhar nos hostels. Transporte é a chave. Pegar ônibus mais baratos, vans, carona. E, claro, deixar souvenirs para a última hora em cada país. Lembranças minúsculas são as melhores. Carregar muito peso não é bom. O melhor é ponderar que a mochila é pesada e há muito a se percorrer ainda. É assim que eu faço nas minhas viagens.





segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gastos 2

2 - Quanto eu gastei?

Lá vai umas dicas. Eu fiz um cálculo de US$ 50,00 por dia de viagem. Incluindo nisso tudo: transporte, hostel, comida, passeios (inclui museus, sítios arqueológicos, tours, etc.), vistos, lembranças, imprevistos, etc.

Turquia, dá. 1 US$ = 1,47 TL (turkish lira). Hostels na média de 15 a 20 TL. Comer, entre 3 e 10 TL. Transporte, até 50 TL (depende a distância). Passeios, entre 5 e 30 TL, mas chegam até 60 TL. A Turquia é o país mais chato para estudantes. Eles só dão descontos para estudantes turcos. Eu não consegui praticamente nenhum desconto com minha carteirinha ISIC.

Síria, sobra. 1 US$ = 46 SL (Sirian Lira). A Síria é muito barato. Hostel de 200 a 400 SL. Comer por 30 SL ou 200 SL. Passeios por 150 SL. Transporte, por 50 SL. É bem barato. Dica: eles só aceitam estudantes até 26 anos. Isso faz os passeios custarem 10 SL, uma bela diferença do preço normal. Leve uma carteira velha da ISIC. Vários lugares te darão o desconto, pois muita gente não saberá onde está tua data de aniversário. Se te pegarem, você pelo menos tentou! Eu, com mais de 26, paguei menos em muitos lugares e outros não.

Libano, sobra pouquinho. 1US$ = 1500 LL (libanese lira). Hostel é mais ou menos caro, o mais barato 8 US$. Comer, por 3500 LL, 5000 ou até 10.000. Transporte, muito barato, tipo 2000 para perto e uns 4000 para lugares bem distantes. Passeios custam entre 2000 e 5000 LL, também com descontos para estudantes.

Israel, falta. 1 US$ = 3,7 shekels (NIS). Hostel não sai por menos de 20 US$. Comer, por uns 10 NIS a 20 NIS em média. Transporte, não muito caro, mas vai uma grana, tipo uns 20 a 30 NIS por trecho. E os passeios custam também por ai, até 30 NIS. Ou seja, passa-se aperto em Israel. Nessa minha estimativa, tirei dinheiro dos países baratos para gastar em Israel. A carteirinha ISIC era aceitam em boa parte dos lugares. Palestina, dá. Com a mesma moeda que Israel, mas tudo é mais barato.

Jordânia, falta. 1 US$ = 0,7 JD (jordan dinar). A Jordânia é uma grana. Hostel por 10 JD. Transporte, por uns 5 a 10 JD. Comer, de 2 a 10 JD. Petra é a maior exploração! O ingresso custou-me 33 JD. Mas vale muito a pena. O dinheiro vai embora na Jordânia.

Egito, sobra pouquinho. 1 US$ = 5,60 EP (egyptian pound). Hostel, se encontra por 20 EP até 50 ou 100 EP, dependendo do nível de frescura. Comer, por 3 EP até uns 20 EP. Transporte, custa entre 30 EP até uns 120 EP, a distância mais longa. E o trem Cairo-Luxor custa uns 340 EP (uma grana). Mas como tem muitos museus, sítios, etc., isso é o que encarece tudo. Tipo, 2/3 dos gasto é só pra isso. Portanto, Egito é um país barato no quesito comida e hostel, mas caro por ter muitos passeios. Aqui, aceitam em todos os lugares a carteirinha ISIC e isso representa uma bela diferença no orçamento. Funciona bem o truque de ter uma carteirinha antiga, já com a data de validade expirada há anos.

Enfim, meu orçamento deu certinho. Tive imprevistos, que tive que gastar a mais: fiquei sem minha câmera na metade da viagem. Comprei outra novinha Claro, a mais barata. De boa qualidade, por U$ 140,00, da Canon de 10 megapixels. Tive que comprar roupas novas também. Isso tudo, entrou dentro do meu planejamento prévio. No fim das contas, gastei o quanto havia orçado, com uma folguinha ainda. Finalmente, consegui!! Meio que na sorte, mas...





domingo, 13 de junho de 2010

Gastos 3

3 - Como economizar para mochilar?

Essa é a pergunta que muitos se fazem. Há alguns segredos. Quer dizer: basta economizar. Como fazer isso, mesmo com um salário baixo? Ai que está o "pulo do gato". Eu tenho algumas dicas.

1) Assim que decidir viajar, comece a regular festas, bebedeiras, jantares caros, etc. Faça escolhas: hoje eu vou nesta festa que é de graça, ao invés de pagar esta que custa 40 reais. Hoje não vou beber, porque vou pegar esse dinheiro e guardar para a viagem. Meu amorzinho, esta noite vamos comer neste boteco ao invés daquele restaurante chique, para podermos viajar. (tudo bem, eu sei. Essa última é quase impossível de realizar.. quem mandou namorar gente "exigente"?)

2) Planeje quanto tempo você vai economizar, para não ficar doido. Você sabe que vai viajar em 6 meses. Então, são meses de sacrifício maior. Sempre que for ficar em tentação, lembre-se da viagem e que será um dinheiro melhor gasto!

3) Faça um cofrinho. Pegue uma garrafa pet. E sempre coloque nela tuas moedas de R$ 1,00. Ao fim de um semestre ou ano, pode fazer a conta. Por garrafa, terás uns R$ 300,00. Dinheiro que economizou sem sentir no bolso.

4) Pare de beber refrigerante. Além de fazer mal à saúde, você economiza. No mesmo esquema do cofrinho, guarde o dinheiro do "refresco". Você vai ver a economia!

5) Não coma fora. Prefira levar teus lanches de casa. E almoçar em casa, ou levar comida de casa. Meus caros leitores, essa é a maior economia. Funciona mesmo. Só de não comprar guloseimas, arrecada-se um belo dinheiro.

6) Evite comprar coisas novas. Sabendo que vai viajar, deixe para comprar coisas novas em outro momento. Principalmente aquelas besteiras eletrônicas que é só para mostrar aos outros que você tem isto e aquilo.

7) Ande com uma garrafa de água. E não compre água. Sempre encha tua garrafinha. Mais reais que você economizou.

DICA: por 1 mês, anote teus gastos nestes itens que mencionei. Você vai ver que gasta uma pequena fortuna sem se dar conta. Você terá uma "linha-base". PAra facilitar, marque por semana. Então, no mês seguinte, comece a economizar e compare quanto foi tua economia. Não é grande coisa: uns R$ 100,00 a 300,00, dependendo da pessoa. Mas, em 6 meses, faz toda diferença. E assim, só regulando nos lanchinhos, bebidinha geladinha, etc, você pode economizar sem grandes esforços e ainda beneficia a própria saúde.

Para esta viagem, os 3 meses que a anteciparam foram decisivos nas minhas economias. Praticamente não gastei em nada do que ganhei. E, assim, consegui finalizar o quanto eu precisava. Esforço recompensado na viagem. Gastei sem regular em nada. Fiz todos passeios que quis. Paguei restaurantes caros. Paguei todos museus. Peguei transporte bom quando necessário. Valeu cada centavo da economia que fiz.





sábado, 12 de junho de 2010

Meu percurso

Comecei a viagem dia 13 de Abril. Peguei o vôo SP-Paris-Istanbul. Mas há um vôo direto SP-Istanbul, que te dá direito ir ao Cairo em seguida. Soube depois: dá para comprar esses bilhete SP-Istanbul-Cairo (da turkish airlines) e, quando chega em Istanbul, mudar o bilhete que vai até o Cairo. Deixar ele em aberto. E, de lá, mudar para o bilhete Cairo-Istanbul. Assim, se faz a viagem Istanbul até o Cairo por terra. Peguei o vôo de volta dia 10 de Junho. Coloquei abaixo as datas que estive em cada país. As cidades que visitei. O meio de transporte, com preço e horários das viagens. E apenas alguns dos passeios que fiz (não guardei todos tickets e, além disso, muitos escritos apenas em árabe, não entendi mais nada!). Assim, quem for viajar pode ter uma estimativa mais concreta e planejar melhor sua viagem.

Turquia, entre 14/Abril/2010 até 27/Abril/2010. Passei por Istanbul, Selçuk (Ephesus), ruinas (Priene, Miletus, Dydima), Pamukkale, Antalya, Göreme (Capadocia) e Antakia.
Transporte
- De Istanbul, peguei ônibus da empresa PAMUKKALE, para Selçuk. Peguei uma balsa que saia do centro para o mini-terminal de Harem (ficar esperto com os horários das balsas), com uma van que levou até onde o ônibus passava. O horário do bilhete: 23h00. Paguei 50 TL. E cheguei 6h20 em Selçuk.
- De Selçuk, para visitar as ruinas, rachei um taxi entre 4 pessoas. Cada um pagou 50TL para ir às 3 ruínas, o que deu o dia inteiro.
- De Selçuk, peguei van para ir e voltar a Pamukkale. Paguei 30 TL.
- Selçuk - Antalya, peguei novamente ônibus da empresa Pamukkale, por 35 TL. Saída às 23h30 e cheguei às 6h00.
- De Antalya para Göreme, peguei a empresa Kent, paguei 40 TL. Sai às 22h00 e cheguei 6h30.
- De Göreme para Antakia, peguei a empresa Kent, saindo às 19h45 e chegada às 7h00. Paguei 50 TL.
- E, de Antakia a Aleppo (Halep), peguei a empresa JET, o ônibus das 8h00 por 10 TL. Cheguei às 11h30.
Passeios.
- Museu Panorama 1453: 10 TL
- Ayasofia: 20 TL
- Cisternas: 10 TL
- Topkapi: 20 TL
- Harem Topkapi: 15 TL
- Ephesus: 20 TL
- Casa de Maria: 12,50 TL
- Igreja São João Evangelista: 5 TL
- Entrada Hierápolis e Pamukkale: 20 TL
- Passeio de Balão: 110 Euros
- Open Air Museum Göreme: 15 TL
- Green Tour (Capadocia): 70 TL
- Cidades subterrâneas: 7,50 TL
- Aluguel moto em Göreme, das 10h30 às 17h00: 30 TL
- Museu Kaleiçi (antalya): 1 TL
- Museu e sítio arqueológico (ruínas): entre 3, 8 e 10 TL
Além de todos que não guardei tickets. E dos alugueis de guias eletrônicos.

Síria, entre 27/Abril/2010 e 05/Maio/2010. Fiz: Aleppo, Marat Al Numan, ruínas (Serjillah, Al Bara), Hama, castelos (Salah Aldin, Sheiza, Maysaf, Crec des Chevaliers, Apamea, convento de são Jorge), Homs, Palmyra, Ma'aloula, Damasco e Daraa.
Transporte
- Aleppo - Marat Al Numan: van, por 35 SL, 1h de viagem.
- Marat Al Numa - Hama: van, por 50 SL, 1h de viagem.
- Hama, passeios aos castelos: 700 SL (Sheiza, Apamea, Salah Aldin) e 800 SL (Masyaf, Convento São Jorge, Crec de Chevaliers, Homs).
- Homs - Palmyra: van, 110 SL, 2h30 de viagem. Sugiro que façam isso durante a manhã. À tarde, fica mais complicado.
- Palmyra - Damasco: ônibus, 200 SL, 3h30 de viagem. A maior roubalheira. Mas não havia como não pagar. Vários horários durante o dia.
- Damasco - Ma'aloula - Damasco: van, 35 SL, 1h de viagem.
- Damasco - Beirute: ônibus, 4h00 de viagem, 400 SL.
- Damasco - Daraa: ônibus, 2h00 de viagem, menos de 100 SL (não me lembro).
Passeios
- Museus: custavam quase sempre entre 150 e 200 SL. Estudante, 10 SL. Por exemplo: Apamea, 10 SL. Umayyad Mosque, 50 SL.
- Vale muito a pena ir até Hama e pagar os passeios de lá. O transporte público até os castelos é difícil. Vale a pena pagar o passeio e voltar para Hama.

Líbano, entre 05/Maio/2010 e 09/Maio/2010. Visitei: Saida (Tyr), Sour, Beiruth, Baalbeck. Fui pouco tempo e, como roubaram minha câmera, perdi 1 dia só para comprar uma nova.
Transporte
Por ser um país pequeno, vale a pena ficar em Beiruth e, cada dia, pegar uma van e ir para a cidade desejada.
- Beirut - Saida: van, 1h de viagem, 2000 LL.
- Saida - Sour: van, 1h, 2000 LL.
- Sour - Beirut: van, 2500 LL.
- Beirut - Baalbeck: van, 2h30 de viagem, 4000 LL.
- Beirut - Damasco: ônibus da Saad Transport, 4h00 de viagem. Custou 17000 LL (ou poderia pagar 500 SL ou 11 US$).
Passeios
- Entrada arcos em Sour: 3500 LL.
- Entrada ruinas Sour: 3500 LL.
- Entrada citadel Saida: 1000 LL.
- Entrada ruínas Baalbeck: 7000 LL.

Israel / Palestina, entre 09/Maio/2010 e 23/Maio/2010. Fui para: Beit She'an, Afula, Nazareth, Mash'had, Cana, Kibbutz Lavi, Arbel, Migdal, Safed, Amirim, Tiberias, Hamat Gader, Tel Aviv, Jerusalem, Ein Gedi, Eilat. Ramallah, Nablus, Jericho, Betlehem.
Transporte
- Não guardei ticket nenhum dos ônibus e vans. Custam entre 10 e 35 NIS. Não se viaja mais do que 2h30. O bilhete Jerusalem - Eilat deve ser reservado com 2 dias de antecedência e por telefone ou internet (o site é em hebreu. Pedi pra um cara me auxiliar). Custa 73 NIS. Demora 4h30 de viagem. Sai às 10h00, cheguei 14h30.
Passeios
- Teleférico em Jericho: 55 NIS
- Entrada ruínas Jericho: 15 NIS
- Tour em Jerusalem: 35 NIS
- Folder Museu do holocausto: uns 20 NIS (não me lembro. Sim, eles fazem você comprar)
- Em geral, os passeios não custam mais que 35 NIS.
- Jesus Trail: são 4 dias de caminhada. Se quiser que eles peguem tuas coisas, carreguem e tragam de volta a Nazareth, paga-se 400 NIS. Caso contrário, sem despesas. É grátis. Mas, os hostels são caros: 190 NIS em Cana (com café e janta), 300 o Kibbutz Lavi (caríssimo!! Inclui café e janta) e 190 em Arbel (café e janta). Além de carregar o almoço, comidas extra e água (há fontes em muitos locais do trajeto). Além dos ingressos em alguns locais. Valeu muito a pena.

Jordânia, entre 23/Maio/2010 e 26/Maio/2010. No norte, entrei por Ramtha, Irbid e fui direto para a fronteira com Israel. No sul, entrei por Eilat até Aqaba. Fui direto para Wadi Musa (Petra). Voltei para o deserto Wadi Rum. Aqaba. E fui para o Egito. Pulei Jerash e Amman. Não me arrependo.
Transporte
- Van Ramtha - Irbid: 0,70 JD
- Irbid - fronteira Israel: 0,70 JD.
- Taxi fronteira Eilat - Aqaba: 3 JD (fomos explorados!)
- ônibus Aqaba - Wadi Musa: 5 JD (sai até umas 16h).
- taxi Wadi Rum - Aqaba: 5 JD (x 4 passageiros. Fomos explorados novamente!)
Passeios
- Entrada Petra 1 dia: 33 JD (com direito a uma corrida de cavalo grátis. Eles te pedem tips, mas não precisa dar).
- Passeio Wadi Rum, 2 dias e 1 noite, com refeições: 35 JD.
- Entrada Wadi Rum: 2 JD.

Egito, entre 26/Maio/2010 e 10/Junho/2010. Comecei por Neweiba, Dahab, Mount Sinai, Sharm el sheik, Luxor, Aswan, Abu Simbel, Cairo, Sakkara, Alexandria, Baharia Oasis.
Transporte
- Balsa Aqaba-Neweiba: 50 JD (ou U$ 70). Sai por volta das 12h00 (sempre atrasa). Demora pouco mais de 2h. Com a demora em sair, lembro que estávamos em Neweiba às 15h30.
- Neweiba - Dahab: van compartilhada, 2h, 30 EP.
- Dahab - Luxor: 120 EP, 17h de viagem, saindo às 16h e chegando 09h00. Achei bem melhor do que ir ao Cairo, ter que pagar o trem caro para descer a Luxor. Ou, fazer o trajeto Dahab - Sharm el Sheik - Hurgadah - Luxor, que sairia mais caro e demoraria mais.
- Luxor - Aswan: trem, 41 EP, 3h00.
- Aswan - Abu Simbel - Aswan: 4h para ir e 4h para voltar. Saída às 4h00 da manhã. Acho que paguei uns 60 EP, de van compartilhada.
- Aswan - Cairo: trem. 340 EP (uma grana!). Eu deveria pagar em dólares. Mas, dei um jeito de pagar em egyptian pound (falei que era brasileiro e no Brasil não usamos dólares nem euros!). Saída: 16h00. Chegada: 5h30.
- Cairo - Alexandria: menos de 20 EP de van. 2h30. Fugimos do olhar dos policiais e pegamos van comum.
- Alexandria - Cairo: 3h00, trem, por 50 EP.
- Cairo - Baharia Oasis: peguei ônibus das 08h00 e cheguei 13h00. Acho que foi 35 EP (igual para voltar).
Passeios
- Saint Katherines' protectorate: 20 EP (entrada). O passeio para o Mount Sinais paguei 60 EP.
- Luxor Temple: 25 EP
- Luxor Museum: 40 EP
- Karnak Temple: 35 EP
- Valley of the kings and queens: não lembro (acho que foi uns 90 EP).
- Aswan Antiquities museum: 15 EP
- Abu simbel temple: 40 EP
- Sakkara: 30 EP
- Egyptian Museum: 30 EP
- Giza Piramids: 30 EP
- Cheops piramid: 50 EP
- Roman Theater (Alexandria): 15 EP
- Museum Alexandria: 10 EP
- Library Alexandria: 5 EP
- Passeios no Baharia Oasis: 150 EP o primeiro dia (x 4 pessoas) e 300 EP o segundo dia (x 2 pessoas).





sexta-feira, 11 de junho de 2010

São Paulo, Porto Alegre, Torres

Uma semana antes do fim da saga, fico sabendo que meu irmão mais velho vem se casar. Assim, subitamente. Já são casados na prática há uns anos. Chego em São Paulo 05h30. E às 7h20 embarco para Porto Alegre. Minha família segue num voo diferente, dez minutos depois.

No vôo de volta ao Brasil, aeromoças bonitas. Jovens. Será que me casaria com uma delas, tal como um primo fez? Ele viaja o mundo todo com descontos! Não, não foi desta vez. Meu olhar cansado só queria saber de repouso.

Chegamos em Porto Alegre e vamos direto a Torres, divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O sul do Brasil. Terra de gaúchos. Vejo muitos trajados daquele jeito típico: chapéu, botas, bombachas. Chimarrão. Em cima do cavalo. Frio. Cidade de praia sem turistas, neste tempo gelado. No verão, tudo muda. Uma cidade tranquila de interior. Até faz pouco tempo. Como outras cidades sulistas, o crack vem acabando com a paz. Caos. Roubo. Tráfico. Famílias destruídas. Mortes. O sul já não tem aquela qualidade de vida de antigamente..

O reencontro de 3 irmãos. Após a diáspora dos 4. Cada um, para um canto. Pelo menos, uma boa parte da família reunida para o momento solene. Casamento civil. Na prática, já eram casados. O casamento religioso, que é apenas um ritual para a comunidade, será em outro momento. Deus, que sabe de tudo, já sabe que estão casados. Sempre soube. E sempre saberá.

Eu, calado. Voltar para o país. Preciso de uma rotina. O luto após uma bela viagem. Culturas. Comidas. Sabores. Histórias de vida. Encontros. O mundo árabe. O islam. O respeito ao profeta Maomé, com sua mensagem de paz. A rosa o simboliza. Essa flor tão bela!

Na memória, todas as vivências. A terceira viagem. O que experienciei fica para sempre. Bens materiais? Esses são passageiros. A vida é passageira. Quero ter o máximo de boas experiências que puder. Isso eu levo para sempre. E que venham novas viagens.

Insha'Allah!
(Se Deus quiser - em árabe)





quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cairo, dia 6 - Frankfurt, São Paulo

Derradeiro dia desta viagem. A segunda viagem que se termina. Eu, Facundo (argentino) e Silke (dinamarquesa) decidimos visitar a Cidadela e o Cairo Copta durante a manha. Ja havia combinado o taxi às 14h00. Meu voo, 17h30. Silke é uma moça que ganhou completamente meu respeito. Seu jeito de ser impede aproximações bruscas e precipitadas dos homens. Veste véu e manga comprida para sair às ruas. Tem um jeito respeitoso com a cultura alheia. Uma proteção que não a irritava. A cultura local não era uma afronta à sua feminilidade. Mulher segura. Mesmo assim, preferia a companhia masculina de outros mochileiros para se sentir segura, andar à noite nas ruas.

Muitas moças que vi, com muito calor, usavam roupas curtas. Algumas, excessivamente curtas. Coincidentemente, eram aquelas com mais a mostrar. Fica a pergunta: as feias, essas não sentem calor? Acho que por isso que as feias não estavam de shorts, blusinhas..

Os homens egícpios, esses os mais afoitos do Oriente Médio. Jeitão de macho conquistador. Beira ao repugnante. Mas, como toda panela tem sua tampa, isso seduz algumas estrangeiras. No Egito, o duplo desespero: por dinheiro e por mulher. Não podem ver dinheiro. E não podem ver mulheres não-cobertas. Impressionante. Parecem cachorros no cio. O mais triste é que muitas mulheres, com seus comportamentos, acabam encaixando-se perfeitamente no estereótipo que eles têm da mulher ocidental: sem religião, usam roupas ousadas, bebem, fazem sexo facilmente.

Tomamos café da manhã em um dos cafes que ficam nas ruelas do centro do Cairo. Para variar, nos tentam combrar mais. Isso é muito chato no Egito. O tempo inteiro eles tentam arrancar teu dinheiro. O cha custava 2 pounds e queriam nos cobrar 3. Uma reclamação e o preço volta ao normal. Quem se cala, paga mais.

Vamos à Cidadela, onde esta a maior fortaleza do mundo islâmico. Construída em 1150, para garantir a protenção contra as Cruzadas. Ali dentro, a mesquita de Muhamed Ali. Parecida com aquelas em Istambul. Mas no estilo egípcio: sujo e empoeirado.

Decidimos então ir até uma outra mesquita bem grande ali perto. O tempo já se esgotava. Decidimos pegar um taxi para ir direto ao Cairo Copta. O taxista, com o taxímetro. Começa a dar voltas e mais voltas para ganhar mais. Eu, não gostando, falo "já estou ficando irritado". O qual Facundo responde "já percebi!". Explico: durante a viagem, fui aprendendo que os árabes ficam irritados quando demoramos demasiado para comprar algo. Eu passei a ficar bravo também, como parte do teatro. Então, quando a situação me desfavorecia, ficava bravo. Logo no momento seguinte, tudo voltava ao normal. O taxista me irritou. Quase pago menos. Mas, como o teatro sempre acaba, pagamos o que dizia o marcador. Não foi nada absurdo, apenas injusto.

Visitamos então o Cairo Copta, onde uns dias atrás eu conhecera o aspirante a mochileiro e argentino, Facundo. Igreja de St. Sergius: dos gregos ortodoxos, ali estão enterrados os seus últimos papas. Ruína romana e umas das primeiras igrejas cristãs. Logo do lado está a igreja da Virgem Maria, onde dizem que a sagrada família fica, em uma caverna com uma fonte, durante o exílio no Egito. Fui lá, pego água benta dessa fonte para levar à minha mãe.

Termina-se o dia. Voltamos ao hostel. Despeço-me. Vou ao aeroporto. A garrafinha de água passa do Cairo à Frankfurt sem maiores dramas. Em Frankfurt, uma moça faz um drama pela minha garrafinha. Eu, pedindo a Deus em pensamento que me auxilie, sem manifestar aflição à moça. Vem uma outra pessoa. Digo-lhe "é água sagrada da caverna de Maria, no Egito". Ela olha, fala com outra pessoa. E deixa-me passar. Deus age de formas misteriosa. Engana-se aquele que pensa que sua manifestação será fantástica, como um show.

De Frankfurt, vôo para São Paulo. Tudo tranquilo. Agora começa a terceira viagem: aquela que contarei a toda minha família, amigos, mochileiros, conhecidos e desconhecidos. A viagem que revisitarei pelo resto de minha vida..






quarta-feira, 9 de junho de 2010

Cairo - dia 5

Hoje foi dia de visitar o Cairo Islamico. PEgamos um taxi, por um preco modico. Em seguida, visitar todo o bairro. De um lado, umas ruas mais do que imundas. Casas caindo aos pedacos. Tiro umas fotos do povo e me perguntam: "por que nao vai para a rua bonita tirar fotos?". E eu: "porque quero registrar as cenas do povao". Resposta que agradou.

Mesquita atras de mesquita. Vejo um monte de muculmano vestido de branco. Umas mulheres com suas roupas bem coloridas. Vejo que é diferente, mas nao consigo perguntar para ninguem. E nem obter respostas satisfatorias. Caminhamos por todo o bairro. E, entao, em uma das mesquitas, finalmente entendemos. O "padre santo" do islam estava na cidade. Ele estava indo para a mesquita em que eu estava visitando. PErgunto e me dizem: somos do Paquistao, India. Dentro do Islam, ha varias divisoes. Com o Cristianismo: protestantes, catolicos apostolicos romanos, gregos ortodoxos, etc. Esses que vi se vestem de branco. E as mulheres, com o rosto de fora, mas todas coloridas.

Nao consigo ver o tal do "homem". Em seguida, explorar as lojas e mais lojas do bairro. Barganhar, brigar, vencer. Assim se faz para comprar no mundo arabe. Claro, o importante é o sentimento. Eles sempre estao lucrando. A gente fica com a impressao que fez uma boa compra. Assim, o sentimento é o que conta. Eu so fiz bons negocios a viagem inteira. PElo menos, assim é como quero me sentir.

Fim do dia. Volto ao hostel e uma turma vai para um espetaculo num centro cultural. Muito legal. Musica arabe. Danca arabe hipnotizante. Gostei do gran finale no Egito. Amanha, pego aviao a tarde. Cairo - Frankfurt - Sao Paulo.